domingo, 5 de julho de 2009

Oficina 2: Trabalhando com gêneros textuais


3º ENCONTRO: 05/06/09 – OFICINA 2 – TP3 – UNIDADES 9 E 10.

Obs. Como havia falado, devido à falta dos cursistas, repeti as atividades previstas para a oficina anterior, pois só havia desenvolvido as mesmas com a cursista Aldana.

1) Retorno ao vídeo “O Saber e o Sabor” assistido no Laboratório de Informática.
· Análise do conteúdo à luz das anotações feitas pelos cursistas.

2) Leitura e partilha dos textos JARDIM e JARDINS, ambos de Rubem Alves.

3) Socialização da leitura e impressões das unidades 9 e 10 – Gêneros textuais.
· Apresentação de slides com o resumo das questões teóricas abordadas nas unidades.
· Unidade 9: Gêneros textuais.
· Unidade 10: Trabalhando com gêneros textuais.
· Debate sobre essas questões a partir dos resumos vistos nos slides.

4) Relato de experiências com base nas atividades do Avançando na Prática.

5) Proposta de atividades:
Texto 1: Poema tirado de uma notícia de jornal (Manuel Bandeira)
Texto 2: Bom dia (Gilberto Gil e Nana Caymmi)

6) Avaliação da oficina.

7) Reflexão para a próxima oficina: O QUE SERIA LEITURA ATIVA?

8) Lição de casa: Ler e preparar atividades do TP3 – Unidades 11 e 12.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:


Como eu não havia aplicado todas as atividades planejadas para a 1ª oficina, tive que fazer novamente uma adaptação. Retornamos ao vídeo, fizemos uma reflexão bem mais detalhada, o que gerou muito ânimo no grupo, pois eles pontuaram os aspectos positivos e negativos das declarações feitas no vídeo. A cursista Márcia é muito crítica e observadora e achei suas colocações muito interessantes. Alguns aspectos abordados na hora do debate foram:
· Os professores que desafiam seus alunos são lembrados para sempre pelos mesmos.
· Há professores que fazem o aluno querer ser professor, pois educa pelo exemplo.
· Reflexão sobre a metáfora usada por Rubem Alves para falar sobre a MEMÓRIA = escorredor de macarrão. Macarrão = o que aprendemos que é útil e dá prazer. ÁGUA QUE ESCORRE = inutilidades que aprendemos.
· Segundo Madalena Freire, “aprender não é natural nem espontâneo...O conteúdo é acidental, o essencial é ser capaz de compreender a situação a ser vivida”.
· O que se espera de um professor que não saiba é que ele queira saber.
· A escola do futuro, como pontuou o Professor Ubiratan, requer “um professor do futuro, aquele ser curioso, que quer saber o que está acontecendo, que busca experimentar o que ainda não conhece, tem espírito crítico e não o conteúdo em si, o conhecimento acumulado...”
· Segundo Mª Amélia Pereira, a escola deve dar espaço para a alegria.
· Saber e sabor têm a mesma raiz etimológica. Saber existe na cabeça, é ter conhecimento da técnica, é saber como funciona. Sabor acontece na boca, na língua, tem a ver com sábio = eu degusto. Saber é técn ica, sabor é gosto, é prazer.
· A escola ensina a teoria, o saber, mas o sabor, o prazer, muitas vezes não tem espaço na escola, o que é uma pena.
· Ser professor é ...gestar...Devemos aprender a estudar e devemos ajudar a acender a fogueira da busca do próprio saber.
· Ser professor não é ser reprodutor de conteúdo congelado nos livros. Esse tipo de professor fica falando sozinho e os alunos não estão nem aí. O bom professor interage com os alunos.
· Fernando Pessoa dizia... “Sinto uma ereção na alma...” O aluno precisa querer transar com o saber.
· Quanto ao futuro...como preparar as crianças de hoje para o amanhã? Como? Quem vai construir o futuro são nossas crianças...Devemos ajudar as pessoas a pensarem sobre a vida. A necessidade faz as pessoas pensarem no que fazer. A inteligência só funciona diante dos desafios.
· Educar não é ensinar respostas...é ensinar a pensar.
Como moramos em Silva Jardim, levei dois textos, também do Rubem Alves que falam sobre a arte de se cultivar jardins, um intitulado como “Jardim” e outro como “Jardins”. A partir de seus textos, pudemos refletir sobre vários aspectos de nosso trabalho pedagógico, do curso Gestar, da proposta de trabalhar a língua portuguesa priorizando a leitura, análise textual e produção de gêneros variados, contemplando variadas seqüências tipológicas etc.
Como eu havia organizado uma apresentação de slides com o resumo do conteúdo teórico contemplado pelas unidades, realizamos a partilha sobre esses conteúdos com o auxílio desse material, mas sempre deixava que eles ressaltassem os pontos que acharam principais nas unidades. Notei nesta etapa que alguns não leram o material, mas os que realizaram as atividades sustentaram bem o debate e a partilha.
Quando entramos na etapa de partilhar as experiências vividas a partir das atividades aplicadas na turma, o Avançando na Prática, percebi que tenho que reforçar essa necessidade de aplicação, pois somente eu e Aldana tínhamos algo a partilhar. E assim foi feito, falamos de nossas experiências, facilidades e dificuldades nossas e de nossos alunos. Reforcei o pedido de que para o próximo encontro eles tragam o relatório solicitado pela Lição de Casa.
Quase no final do encontro, a professora Liane, aquela do 1º segmento, chegou para pegar o seu kit de material e marquei com ela e Luciana, outra professora, uma data para repor as atividades das oficinas já realizadas com os outros cursistas.

OBSERVAÇÃO: Essa reposição aconteceu no dia 12/06/2009, em minha residência, pois o NAE estava fechado devido ao recesso dado pela Prefeitura local após o feriado do dia 11/06.

Fiz apresentação do material e expliquei a dinâmica do curso a partir das informações do Guia Geral.
Como já havia emprestado a elas o vídeo “O Saber e o Sabor”, refletimos brevemente sobre seu conteúdo. Partilhamos idéias sobre os textos já trabalhados: “Gaiolas e asas”, “Jardim” e “Jardins” de Rubem Alves.
Analisamos a produção de alguns textos de alunos de minhas turmas da EJA, feitos a partir de algumas propostas do Avançando na Prática.

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