sábado, 12 de dezembro de 2009

AVALIAÇÃO DO GESTAR II - SILVA JARDIM



O GESTAR NA VISÃO DE JOMAR


O Curso Gestar faz parte da formação continuada dos professores. Seu objetivo é aprimorar os docentes da disciplina Língua Portuguesa, dando-lhes novos conhecimentos para a praticidade em sala de aula, portanto é profícua sua realização na educação.
O curso é bastante dinâmico, além de teórico é também prático. O que se discutia com a formadora e o grupo era aplicado com os alunos do CEPM Vera Lúcia Pereira Coelho, o que mostra que explorou-se a sua praticidade na sala de aula.
É importante registrar que ele é extremamente pertinente para ser utilizado no cotidiano do professor. A formadora Mônica é bastante competente como educadora, dedicando-se, sobremaneira, para o êxito de sua missão. A coordenadora Vilma esteve sempre presente, principalmente no momento crucial e significante, que foi na culminância de nosso projeto: Concurso de Poesia.
Portanto, considero a realização do curso excelente, esperando ser agraciado com convites para outros cursos semelhantes a este.
Jomar Coimbra Cardoso (11/12/09)




O GESTAR NA VISÃO DE LUCIANA

É com imensa satisfação que venho realizar a avaliação do Gestar II - Língua Portuguesa.
Torna-se muito gratificante chegar ao final do curso e ter a certeza de dever cumprido!
Todas as leituras, trabalhos, relatórios, oficinas, trocas de experiências contribuíram para meu aperfeiçoamento como docente de Língua Portuguesa.
Realmente foi um ano muito difícil, cumprir essa tarefa não foi fácil, pois estava em comprometimento com novos desafios e responsabilidades. Confesso que em alguns momentos o cansaço me incentivou a desistir, mas tive consciência de que todo o esforço valeria a pena e contribuiria para meu crescimento profissional e pedagógico.
Não posso me esquecer de relatar que nessa caminhada conheci pessoas maravilhosas que me incentivaram e acrescentaram coisas positivas, pessoas também que batalharam e superaram obstáculos, enfim, pessoas que também são vencedoras.
Agradeço a Mônica, que mais que formadora, foi uma excelente parceira nesse processo. Sempre muito dedicada, que me levou a várias reflexões de atitudes pedagógicas, bem como me levou a ver com outros olhos o ensino da Língua Portuguesa.
Tudo foi muito trabalhoso, porém muito especial. Só tenho a agradecer...
Sinto-me feliz por ter vencido mais uma etapa de minha vida!
(Luciana - 11/12/09)



O GESTAR NA VISÃO DE IRLANY

O curso foi muito proveitoso, o material excelente e de fácil execução.
Os pontos positivos foram a troca de experiências e um maior conhecimento na área.
Os pontos negativos foram que poucos professores de Língua Portuguesa participaram do curso.
A formadora é especialmente "sem comentários".
Que venha o Gestar III!!!!
(Irlany - 11/12/09)



O GESTAR NA VISÃO DE MÁRCIA

O Gestar II, para mim, foi de grande valia, pois propiciou a reavaliação da minha prática pedagógica, além de favorecer a troca de experiências e ideias com outros colegas da área.
(Márcia - 11/12/09)



O GESTAR NA VISÃO DE ALDANA

O curso foi excelente!
Gostaria de destacar a boa vontade, o esforço e a compreensão da formadora Mônica.Obrigada pela paciência!
Alguns pontos foram negativos, como por exemplo, a falta de apoio no material e recurso para realização das tarefas.
Os pontos positivos foram: a troca de experiências e aprender mais um pouco para colocar em prática em sala de aula.
Enfim, só tenho a agradecer e perguntar: Quando srá o próximo?
(Aldana - 11/12/09)

ENTREGA DE PORTFÓLIOS E PROJETOS

16º ENCONTRO: 11/12/09 – ENTREGA DE PORTFÓLIOS E PROJETOS


COLHENDO O FRUTO DE NOSSO TRABALHO

O encontro de hoje teve um gostinho especial: o de satisfação por termos concluído o curso com sucesso e também o gostinho de saudade... pois nos apegamos muito uns aos outros. Nossa caminhada foi de muita luta, coragem, descobertas, desafios e vitórias!
Hoje foi dia de apresentar o produto final de nosso trabalho... e como frutificamos!!! As sementes plantadas pelo curso encontraram, em nosso grupo, terra fértil e gestamos juntos essa realização de repensarmos nossa prática, viabilizando outros meios mais dinâmicos e funcionais de ensinar a língua portuguesa, com um viés de reflexão e interação contínua.
Alguns de nossos projetos já foram executados no segundo semestre deste ano, outros dois serão aplicados no próximo ano letivo, mas todos nós já estamos com as ideias fervilhando para iniciar o novo ano letivo com outras perspectivas metodológicas quanto ao ensino da língua, isso porque o GESTAR, além de nos embasar teoricamente falando, nos brindou com muitas sugestões de atividades, sem deixar de incentivar nossa criatividade e autonomia na prática pedagógica.
Abaixo seguem resumos dos projetos gestados com muito carinho pelos cursistas de Silva Jardim:

1) CIRANDA DE LIVROS - Irlany Florenzano do Couto Ribeiro

Público alvo: Alunos do 6º Ano – C.E. Sérvulo Mello – Silva Jardim
Objetivos:
• Incentivar a leitura e o contato com diferentes obras literárias juvenis.
• Tornar a leitura um ato prazeroso.
• Estimular a participação ativa no projeto.
Conteúdos: Leitura de diferentes obras e troca de experiências com livros de histórias juvenis.
Produto Final: Releitura artística das obras e apresentação para os outros alunos da escola.

2) ESCREVER E DECLAMAR? É SÓ COMEÇAR! – Jomar Coimbra Cardoso
Márcia Cristina Coelho
Tema: Poesia na Escola.
Público alvo: Alunos do 6º ao 9º Ano – CEPM Profª Vera Lúcia Pereira Coelho – Silva Jardim
Objetivos:
• Aproximar-se da linguagem poética, estimulando o prazer em produzir, ler e ouvir poesias.
• Produzir poesias, tendo a oportunidade de expor emoções, liberdade de criar, brincar com as palavras e fluir na imaginação.
• Despertar o prazer em ler poesias.
• Compreender a linguagem poética, levando a revelar ideias, opiniões, sentimentos e talentos aos escrever poemas.
• Desenvolver a competência de comunicação oral e escrita.
• Assegurar a função social da escrita, fazendo com que os poemas produzidos tenham um leitor real, uma vez que os textos serão lidos, declamados e expostos em murais e livros.
Conteúdos: Linguagem poética, poesia.
Culminância: Concurso de Poesia.
Produto Final: Edição de um livro de poesias.



3) LENDO E RELENDO O MUNDO – Aldana Carvalho Pires

Tema: Leitura e produção textual
Público alvo: Alunos do 6º ao 9º Ano – E.E.M. Imbaú – Silva Jardim
Objetivos:
• Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, as experiências, ideias, opiniões, bem como de acolher, interpretar e considerar os dos outros, contrapondo-os, quando necessário.
• Reconhecer a leitura como fonte essencial para produzir textos.
• Reconhecer, organizar e utilizar nas produções os recursos lingüísticos presentes nos textos.
• Desenvolver comportamentos leitores e a linguagem oral, familiarizando-se com os gêneros.
• Adequar textos ao gênero escolhido para comunicar suas ideias.
Conteúdo: Textos de variados gêneros.
Culminância: Mostra dos trabalhos através de um mural/painel.
Passeio à Biblioteca Nacional.

4) O PRAZER EM CONHECER GÊNEROS TEXTUAIS – Luciana da Conceição

Tema: Textos de variados gêneros.
Público alvo: Alunos das Fases V a VIII da EJA – E.M. Omar Faria Alfradique – Silva Jardim
Objetivos:
• Estimular um processo de ensino e de aprendizagem voltado para a busca da leitura, análise e produção de variados gêneros textuais.
• Oportunizar o contato, reflexão e observação no mundo da leitura.
• Interpretar variados gêneros textuais.
• Reconhecer e utilizar variados recursos lingüísticos textuais.
• Identificar e utilizar diferentes formas de expressão.
Conteúdo: Textos de variados gêneros.
Culminância: Exposição dos trabalhos realizados ao longo dos semestres letivos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Culminância do Projeto "ESCREVER E DECLAMAR? É SÓ COMEÇAR!"


PROJETO: "ESCREVER E DECLAMAR? É SÓ COMEÇAR!"

AUTORES: Jomar Coimbra Cardoso
Marcia Cristina Coelho
PÚBLICO ALVO: Alunos do C.E.P.M. Profª Vera Lúcia Pereira Coelho - Silva Jardim.

TEMA: Poesia na escola.

CULMINÂNCIA: Concurso de poesias



"A poesia sensibiliza qualquer ser humano. É a fala da alma, do sentimento. E precisa ser cultivada."(Afonso Romano de Sant'Ana)



"Se o professor não se sensibilizar com o poema, dificilmente conseguirá emocionar seus alunos".




"A escola pode e deve ser um lugar onde a aproximação com a poesia aconteça concretamente, permitindo ao aluno, conhecer autores e estilos, reavivando a capacidade de olhar e ver o que é a essência do poético, através de atividades que permitam uma compreensão maior da linguagem poética e lhe dê condições para que ensaie seus próprios passos em poesia". (Márcia e Jomar - Projeto apresentado como conclusão do curso GESTAR II - Silva Jardi - 2009)

Melhor intérprete: Valdelina - 6º Ano - Autora da poesia "Vida saudável".

1º Lugar: Poesia - "Professor" - Gisele - 8º Ano.

2º Lugar: "Livre para voar" - Josiane - 6º Ano.

3º Lugar: "Natureza em desalinho" - Vitória - 6º Ano.

OFICINA 12: Argumentação, produção textual e literatura para adolescentes

15º ENCONTRO: 04/12/09 – OFICINA 12: TP6 – UNIDADES 21 a 24

1) Slide motivador: A LÓGICA DE EINSTEIN

2) Estudo da teoria através dos slides sobre os temas abordados nos TPs:
• Argumentação.
• Produção textual: planejamento, escrita, revisão e edição.
• Literatura para adolescentes.

3) Debate regrado: NECESSIDADE (OU NÃO) DE SE TRABALHAR A GRAMÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA.
• Construção de argumentos variados:
- senso comum;
- provas concretas;
- ilustração;
- por exemplo;
- de autoridade;
- raciocínio lógico.

4) Slides com história: CATADOR DE PENSAMENTOS
• Reflexão sobre o papel do professor.

5) Análise pessoal sobre a própria habilidade de produzir um texto:
• PLANEJAMENTO + ESCRITA + REVISÃO + EDIÇÃO
• Sensibilização através dos textos do TP6 (págs.76-77-78):
- Poesia – Carlos Drummond de Andrade.
- Ah, sim, a velha poesia... – Mário Quintana.
- Texto de Arnaldo Antunes.
• Perguntas de reflexão sobre o texto escrito:
- Como você planeja o texto que vai escrever, sendo ele poético ou não?
- Você acha que escreve bem? Gosta do produto final de sua escrita?
- Que estratégias você usa para planejar a escrita e escrever?
- Que estratégias você usa para revisar e editar seus textos?

6)Apresentação das obras de literatura juvenil selecionadas e trazidas pelos cursistas.
• Definição da clientela.
• Escolha de cinco livros com argumentos convincentes.
• Propostas que apresentariam às turmas a partir da leitura.
• Planejamento de uma sequência de aulas de leitura e produção textual sobre os livros de literatura juvenil.

7) Fechamento do trabalho com os PROJETOS.

8) Avaliação da oficina.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:
Apesar de toda correria peculiar das atividades de final de ano, os cursistas estão muito animados e envolvidos com o GESTAR, com a aplicação de suas atividades, relatórios e projetos. Como este encontro coincidiu acontecer no mesmo dia da culminância de um dos projetos da turma, que foi aplicado na mesma escola onde nos reunimos, os professores estavam muito empolgados e cheios de novidades, querendo a todo o momento socializar a experiência vivenciada pela manhã.
Não interferi, pois eu também estava muito feliz com o resultado do trabalho dos cursistas e, sobretudo com o trabalho produzido pelos alunos. Foi muito bom o resultado final do projeto de Jomar e Márcia, que versou sobre a produção, leitura e declamação de poesias, culminando com um concurso.
Eles trouxeram algumas obras literárias e trocamos ideias sobre as mesmas, inclusive rememoramos também nossas próprias leituras, muitas delas feitas quando ainda estudávamos no então 1º grau, hoje ensino fundamental. E assim corroboramos a ideia da autora da Unidade 24 do TP6, Maria Antonieta Antunes Cunha, que nos disse que “para sentirmos falta, seria necessário que tivéssemos tido a presença...” e, no nosso caso, sem exceção, todos nós tivemos o que contar de nossas leituras daquela época, provando que, de certa forma, nossa escola oportunizou esse contato com a arte literária. É certo que muitos relataram que leram alguns livros para fazer prova bimestral, o que para alguns não foi tão agradável assim, mas no geral, se temos um repertório literário em nossa memória cultural, agradecemos parte deles à ação pedagógica de nossos professores da época.
Outro momento muito forte foi vermos os slides com a história do CATADOR DE PENSAMENTOS, momento em que chegamos à conclusão de que o professor, ao trabalhar com leitura e produção textual, nada mais é do que a personificação do Sr. Rabuja, o Catador de Pensamentos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Oficina 11: A ARTE - FORMAS E FUNÇÕES E LINGUAGEM FIGURADA

14º ENCONTRO: 13/11/09 – OFICINA 11: TP2 – UNIDADES 08 e 09

1) Estudo da teoria através dos slides com o conteúdo das unidades estudadas.
A ARTE: FORMAS E FUNÇÃO
• Arte e cotidiano.
• A arte: classificação e características.
• As funções da arte.
LINGUAGEM FIGURADA
• A expressividade da linguagem cotidiana.
• Figuras e linguagem literária.
• Elementos sonoros e sintáticos da expressividade.

2) Troca de experiências a partir das atividades aplicadas do Avançando na Prática e entrega dos relatórios.
• Comentamos o trabalho da professora Elisângela, que faz o GEstar em outro município, mas que leciona no CEPM Profª Vera Lúcia Pereira Coelho e constantemente tem feito a exposição dos trabalhos de seus alunos nos murais e paredes do colégio.
• Trabalhos expostos e comentados:
- Reconhecimento e utilização das FIGURAS DE LINGUAGEM nos textos publicitários.
- Montagem de um jornal mural.
- Exposição de textos produzidos com a utilização da linguagem verbal e não verbal, abordando o assunto sobre o consumismo.

3) Interpretação da charge de Quino (TP2 – Oficina 4 – Unidade 8 – página 153.

4) Slides com diversas manifestações artísticas: pinturas em mãos, calçadas, charges e telas.
• Nas minhas mãos – pintura de caracterização de animais nas mãos.
• Desenhos na calçada com perspectiva em 3D– Julian Beever.
• Homenagem dos desenhistas ao Papa João Paulo II – Charges.
• Telas de REMBRANDT ao som de Bach.

5) Proposta de escrita das impressões a partir dos slides com obras de REMBRANDT ao som de Bach.

6) Avaliação da oficina.

7) Antecipação sobre o assunto da próxima oficina: Revisão de textos.
• O que cabe revisar em um texto?
• Como torná-lo mais adequado a seu objetivo?
• Até que ponto nossas preferências pessoais na escolha de vocabulário e de ordenação das informações ao elaborarmos um texto constitui nosso estilo próprio?

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

Os cursistas estão muito atribulados com os afazeres de final de ano, mas estão empolgados com seus respectivos projetos. Aldana trouxe parte do material do seu projeto para mostrar para o grupo, pois ela ainda está desenvolvendo, com suas turmas do C.E.M. Imbaú, as oficinas previstas no seu projeto. Ela também trouxe algumas amostras de textos produzidos por seus alunos e está em fase de conclusão dos trabalhos.
Márcia e Jomar também trouxeram notícias de seu projeto, que está sendo feito em parceria, uma vez que ambos trabalham no CEPM Profª Vera Lúcia Pereira Coelho e estão desenvolvendo um projeto de poesia, envolvendo alunos de todas as turmas do colégio. A culminância desse projeto será dia 04 de dezembro, com a fase final de um concurso de poesia.
Irlany e Luciana estão em fase de elaboração de seus projetos.
Uma atividade que provocou bastante interesse dos cursistas foi a escrita de nossas impressões a partir das telas de Rembrandt ao som de Bach. Como Rembrandt nos inspirou!!!! O resultado foi fascinante!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CURSISTA DO GESTAR II - SILVA JARDIM GANHA CONCURSO DE POESIA PROMOVIDO PELA UNIRIO




LOBO SOLITÁRIO CONQUISTA O 1º LUGAR...



Estamos muito felizes com mais essa vitória de nosso amigo e companheiro de jornada JOMAR COIMBRA, do Gestar II - Silva Jardim.
Ele conquistou o 1º lugar no concurso de poesia promovido pela UNIRIO, mostrando um pouco de sua sensibilidade poética e sua notável formação literária.
Parabéns, JOMAR!!!!! Seus versos nos encantam e nos proporcionam a oportunidade de fazer uma leitura intertextual pelos meandros da literatura.
Estamos felizes com você!!!


VISITAS (Jomar Coimbra)


Por estes dias
Convidei "Alencar"
Dei-lhe uma cadeira
Fi-lo meu amigo
Ele sentou-se
E contou-me
Sobre uma índia
Morena Iracema,
Lábios doces como mel
Cabelos negros como a graúna
De mama graúda
A banhar-se sob o céu.

Passados alguns dias
Convidei "Assis"
Puxei uma cadeira
Senti-o meu amigo
No assento ajeitou-se
E narrou-me
Sobre certa mulher glamourosa
Cujo nome: Capitu
De fidelidade duvidosa
E procedimento mesquinho
Na visão de Bentinho
A quem parecia enganar.

Nestes recentes
Convidei "Drummond"
Odereci-lhe um banco
Ele acomodou-se
E confidenciou-me
O caso de um vestido
Entregue ao cônjuge mulher
Pela amante do marido
Mas por amor estancou-se todo o mal
Dando a esposa perdão incondicional
Ao cônjuge que foi e voltou
E à mulher que um dia o levou

Mas por agora
Puxaste-me tua cadeira
Fizeste-me teu amigo
E conto-te, caro leitor,
Sobre amigos que fiz
Ao passear pela literatura
Cismas-te arte e loucura
A consumação da minha leitura
Se o que sinto não te encantas
Afasta-me de tua vista
Mas se minha poesia te faz extasiante
És cúmplice, tu também és um artista.

Lobo Solitário

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CURSISTAS DO GESTAR NA FEIRA DE CULTURA - PRAÇA AMARAL PEIXOTO - SILVA JARDIM


13º ENCONTRO: 06/11/09 – FEIRA DE CULTURA – Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Silva Jardim – Praça Amaral Peixoto – Centro – Silva Jardim.

Este foi mais um evento do qual nosso grupo participou como atividade cultural do GESTAR II, em Silva Jardim. Entendemos que só poderemos fazer, de fato, um trabalho mais dinâmico e abrangente no ensino da língua portuguesa, quando não formos privados dessas práticas e experiências que o contato com as diversas manifestações culturais nos proporcionam.
Essa Feira de Cultura é um evento promovido pela Secretaria de Educação e Cultura de Silva Jardim e se configura como um momento de encontro das diversas escolas do município, na praça central, para que alunos e professores possam socializar seus saberes manifestados na sua produção artística, literária, musical, teatral etc.
Nós, do Gestar II – Língua Portuguesa, estivemos presentes e também pudemos mostrar os trabalhos produzidos por nossos alunos nas respectivas tendas de nossas escolas.
O centro da cidade vira uma festa! É momento de conversa, descontração e muita aprendizagem com a troca de saberes. Nossos alunos e professores, os verdadeiros “fazedores” de cultura, estão de parabéns!
Ah! Jomar e Márcia aproveitaram o momento para trocar ideias sobre o projeto do Gestar que eles estão elaborando em parceria para aplicar no CEPM Profª Vera Lùcia Pereira Coelho. Foi muito bom encontrá-los lá.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CURSISTAS DO GESTAR NO CHÁ LITERÁRIO 2009


12º ENCONTRO: 30/10/09 – CHÁ LITERÁRIO – 2009 – BRASIL DOS ANOS 60.COLÉGIO ESTADUAL SÉRVULO MELLO - SILVA JARDIM - RJ


Este encontro foi marcado como atividade cultura de nossos estudos do Gestar II. Todos os cursistas receberam o convite da turma 4001CN do Colégio Estadual Sérvulo Mello, para participarem do 5º Chá Literário promovido pela turma concluinte do Curso Normal, sob a orientação da professora Mônica Ribeiro da Silva Fogaça, autora do projeto.
Este projeto visa dinamizar as aulas de Literatura no Ensino Médio e proporcionar aos alunos a oportunidade de construir seu conhecimento a respeito do assunto abordado, buscando informações em fontes variadas e, a partir dessas pesquisas, os próprios alunos organizam o evento em todas as suas peculiaridades e exigências, desde a confecção dos convites, escrita dos ofícios para os órgãos aos quais solicitam parceria, o roteiro da apresentação, a organização dos painéis informativos, a elaboração das dramatizações, seleção de textos a serem apresentados através de declamação ou dramatização etc.
Trata-se de um trabalho muito rico na produção, pois os alunos vão enfrentando os obstáculos e superando suas limitações conseguindo assim protagonizar a construção de sua aprendizagem de maneira muito significativa.
É interessante abordar que os convidados para o evento são a família, os professores atuais e os já aposentados, colocando-se assim em prática o ideal de se fazer sempre a integração da escola com a comunidade, sem deixar de valorizar aqueles que um dia contribuíram para a formação do que somos hoje.
Os alunos da turma 4001-CN e sua professora ficaram muito felizes com a presença dos cursistas do Gestar II no Chá Literário 2009.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Oficina 10: GRAMÁTICA E SEUS VÁRIOS SENTIDOS

11º ENCONTRO: 23/10/09 – OFICINA 10: TP2 – UNIDADES 05 e 06

1) Estudo da parte teórica do TP2 – Unidades 05 e 06, com apresentação de slides alusivos aos temas:
GRAMÁTICA: SEUS VÁRIOS SENTIDOS
• A gramática interna e o ensino produtivo.
• A gramática descritiva e o ensino reflexivo.
• A gramática normativa e o ensino prescritivo.

A FRASE E SUA ORGANIZAÇÃO
• O que é frase?
• O período e a oração.
• As várias possibilidades de organização da frase e do período.

2) Relato de experiências de acordo com as atividades aplicadas do Avançando na Prática e entrega de relatórios.

3) Produção de texto a partir dos ditados populares.
• O que significa para você SER PROFESSOR.

4) Troca de ideias sobre os projetos. Início do esboço dos projetos.
• Sugestão: Análise de projetos publicados pela revista Nova Escola.

5) Avaliação da oficina.

6) Antecipando reflexões sobre a próxima oficina:
• Quais são os sentidos da palavra GÊNERO? Qual desses sentidos interessa especialmente ao ensino da Língua Portuguesa? Por quê?

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:
Nesse encontro analisamos as abordagens possíveis de serem feitas acerca da gramática. Percebemos que o ensino pode variar de acordo com a abordagem da gramática que usamos para dar aulas de língua portuguesa. O ensino pode ser meramente prescritivo, quando apoiamos nossas aulas somente no conhecimento da gramática normativa, prática pouco producente, se nosso objetivo maior é instrumentalizar o aluno para o uso da língua nos vários momentos de comunicação interacional. Se usarmos os tópicos desenvolvidos pela gramática descritiva, o ensino tenderá a ser reflexivo. Contudo, se fizermos também a abordagem visando à análise da gramática interna da língua, o ensino então será, de fato, produtivo, considerando toda a gama de variações que nossa língua pátria admite.
Essa prática exige que o professor planeje suas aulas a partir de textos de variados gêneros e proponha atividades de leitura, compreensão e produção textual que realmente façam sentido para sua prática no cotidiano, como ser social, pensante, reflexivo, ativo, comunicativo. Somente assim estaremos formando cidadãos autônomos, críticos e participativos, conforme prevê nossa legislação.
Quanto ao segundo assunto abordado: As várias possibilidades de organização das frases e dos períodos, produzimos textos maravilhosos a partir dos ditados populares, falando de nossa prática de SER PROFESSOR. Também já começamos a socializar o esboço de nossos projetos. Nesse momento houve muita troca de experiências.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Oficina 9: O TEXTO E A INTERTEXTUALIDADE NAS EXPERIÊNCIAS DO ENSINO DA LÍNGUA

10º ENCONTRO: 09/10/09 – OFICINA 09: TP1 – UNIDADES 03 e 04

1) Discussão dos pontos que apresentaram dificuldades sobre os assuntos abordados nas unidades 03 e 04 do TP1:
O TEXTO COMO CENTRO DAS EXPERIÊNCIAS NO ENSINO DA LÍNGUA
• Afinal, o que é texto?
• Por que trabalhar com textos?
• Os pactos da leitura.
A INTERTEXTUALIDADE
• O diálogo entre textos: a intertextualidade.
• As várias formas de intertextualidade.
• O ponto de vista.
OBS. Neste momento, expliquei o problema conceitual (detectado pela equipe da UNB) em relação ao TP1, mais especificamente sobre o exposto nas Unidades 1 e 2, cuja oficina já havia acontecido antes do 2º Encontro de Formação em Arraial do Cabo.

2) Estudo do material dos slides: CONVERSA SOCIOLINGUÍSTICA: A VARIAÇÃO E A MUDANÇA. (Disponibilizados pela tutora Guiana – Arraial do Cabo).

3) Partilha da leitura do texto: CHICO BENTO – O ORADOR DA TURMA (História em quadrinho)

4) Apresentação e leitura dos slides: TEXTO – Ingedore Koch: LER E COMPREENDER OS SENTIDOS DO TEXTO.

5) Produção textual a partir da poesia DESEJO – Carlos Drummond de Andrade.
• Socialização das poesias, pois as mesmas foram produzidas endereçadas a um dos colegas da turma, exteriorizando o que desejamos ao outro.

6) Vídeo da TV Escola sugerido pela formadora Berenice:
• O QUE ACONTECE QUANDO LEMOS.
• Análise voltada para as estratégias de leitura:
a) decodificação;
b) compreensão;
c) seleção;
d) antecipação;
e) inferência;
f) checagem.

7) Texto: A LÍNGUA – Fábula de tradição judaica.
• Proposta de um plano de atividade de leitura e de uma atividade de produção textual a partir do texto.

8) Avaliação da oficina.

9) Preparando a próxima oficina: Que aspectos sobre LEITURA e PRODUÇÃO DE TEXTO são pertinentes discutir para aperfeiçoar nossa prática pedagógica?
AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:
Nossos encontros têm se tornado momentos ímpares de discussão e debate. Nesta oficina, por exemplo, conversamos muito sobre os aspectos da variação linguística, principalmente no tocante à seleção de textos que vamos trabalhar com nossos alunos.
Foi interessante também reanalisarmos, com um novo olhar, o conteúdo abordado na última oficina, agora, sob a perspectiva da crítica construtiva do nosso saber. A contribuição dada através do material disponibilizado pela tutora Guiana, no nosso 2º Encontro de Formação, em Arraial do Cabo, muito colaborou para o aprofundamento de nossa reflexão sobre os assuntos estudados: “A leitura e a compreensão dos sentidos do texto” , de Ingedore Koch e “Conversa sociolinguística: a variação e a mudança”.
O vídeo da TV Escola “O que acontece quando lemos” também muito nos ajudou a refletir sobre essa prática da leitura que nos circunda no dia a dia e nem nos damos conta das muitas estratégias que utilizamos para efetuá-la.
A proposta de produção textual a partir da poesia Desejo, de Carlos Drummond de Andrade, foi muito interessante, pois se tornou um momento de exteriorização de sentimentos e muito carinho entre os cursistas. Nós amamos escrever um para o outro, pois existe uma cumplicidade e um carinho muito grande entre nós. Foi emocionante

2º Encontro de Formação do Gestar II - Arraial do Cabo - RJ


Nosso encontro em Arraial foi tudo de bom, porque tivemos a oportunidade de partilhar nossas experiências, avanços, produções, conquistas, mas também nossas angústias, tristezas, decepções provocadas pelos entraves que existem no fazer educacional, tanto no âmbito político, administrativo, pedagógico, como também no profissional.
Ficamos um pouco tristes, pois nossa tutora amiga Viviane Ramalho não pôde estar conosco, mas como toda boa amiga, ela providenciou uma substituta inesquecível e muito competente, Guiana, lá de Piripiri. Vocês conhecem? Ela é show...
Estudamos os TPs 6, 1 e 2 e fizemos as atividades propostas. Quanta produção!!!!E quanta criatividade!!!! Mas também socializamos muito material. Salvem os pen-drives da vida!!!O que seria de nós sem esse avanço da tecnologia?
Infelizmente o tempo não colaborou e não pudemos desfrutar do presente que ganhamos: o passeio de barco para conhecer as praias de Arraial, mas ao som de Lulu Santos, curtimos uma semana prazerosa no Gestar II... COMO UMA ONDA NO MAR...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

OFICINA 8: VARIANTES LINGUÍSTICAS: DIALETOS E REGISTROS - DESFAZENDO EQUÍVOCOS

9º ENCONTRO: 18/09/09 – OFICINA 08: TP1 – UNIDADES 01 e 02

1) Apresentação de slides e discussão das questões pertinentes ao conteúdo apresentado nas unidades 1 e 2.
VARIANTES LINGÜÍSTICAS: DIALETOS E REGISTROS
• As in ter-relações entre Língua e Cultura.
• Os dialetos do Português.
• Os registros do Português.
VARIANTES LINGUÍSTICAS: DESFAZENDO EQUÍVOCOS
• A norma culta.
• O texto literário.
• Modalidades da língua.

2) Troca de experiências vivenciadas a partir da aplicação das atividades propostas pelo Avançando na Prática e entrega dos relatórios.

3) Estudo da crônica: A outra senhora (Carlos Drummond de Andrade) – Oficina 1 – Unidade 2 – p.169 – TP1.

4) Confronto de textos e debate:
• Língua Enrolada – Entrevista do repórter Mário Sabino, da revista VEJA, com Pasquale Cipro Neto, que ficou famoso no Brasil inteiro dando aulas de Gramática. O professor de português mais conhecido no país fala sobre os maus-tratos cotidianos infligidos ao nosso idioma.
• Erro de Português não existe – Texto de Flávio Lobo que fala também sobre a língua portuguesa, mas sob um ponto de vista totalmente diferente da entrevista anterior. O escritor e linguista denuncia o preconceito lingüístico e considera um absurdo dizer que os brasileiros não sabem português.

5) Avaliação da oficina.

6) Antecipando reflexão para a próxima oficina:
• Você trabalharia a crônica “A outra senhora”, de Carlos Drummond de Andrade, com seus alunos de 6º ao 9º ano? Justifique sua opinião.
AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:
A cada oficina que passa, percebemos que estamos crescendo como professores e, sobretudo, como pessoas. Nossos encontros têm sido muito produtivos e percebemos que nossas concepções sobre o ensino da língua também são passíveis de mudanças, pois se o mundo é evolutivo, nossa língua também o é e nós também podemos e devemos sê-lo.
É certo que as opiniões, por vezes, são divergentes, como tivemos oportunidade de perceber no confronto dos textos acima apontados. No diálogo entre um gramático e um linguista, observamos que essa divergência sobre a concepção da língua fica sempre mais latente, mas como professores, precisamos encontrar um caminho que não desconsidere as contribuições da gramática nem da linguística, porque, afinal, quem está em contato direto com os alunos em sua base de escolaridade, somos nós, professores de ensino fundamental e nosso dever é instrumentalizar nosso alunos de modo que eles sejam capazes de utilizar a língua portuguesa de maneira funcional na realidade na qual eles estão inseridos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

OFICINA 07: COESÃO TEXTUAL E RELAÇÕES LÓGICAS NO TEXTO

8º ENCONTRO: 04/09/09 – OFICINA 07: TP5 – UNIDADES 19 e 20

1) Apresentação dos slides com resumo dos assuntos tratados nas unidades 19 e 20:
COESÃO TEXTUAL:
• Marcas de coesão.
• Os elos coesivos.
• A progressão textual.
RELAÇÕES LÓGICAS NO TEXTO:
• A lógica do(no) texto.
• A negação.
• Significados implícitos.
2) Relato de experiências de acordo com as atividades aplicadas da seção AVANÇANDO NA PRÁTICA.
3) Aprofundamento dos assuntos contemplados nas duas oficinas.
Fatores de coerência, segundo Koch e Travaglia:
• Elementos lingüísticos.
• Conhecimento de mundo.
• Conhecimento partilhado.
• Inferência.
Fatores de coerência, segundo Marcuschi:
• Elementos contextualizados (perspectivos e prospectivos)
• Situacionalidade.
• Informatividade (graus de previsibilidade).
• Focalização.
• Intertextualidade.
• Intencionalidade e aceitabilidade.
• Consistência e relevância.
Tipos, fatores e elementos de coesão, sengundo Ingedore Koch:
• Coesão referencial:
1. pronominalização.;
2. sinonímia;
3. hiponímia;
4. hiperonímia;
5. epíteto;
6. nominalização;
7. símbolos;
8. termos vicários;
9. elipse;
10. ampliações.

• Coesão seqüencial:
1. temporal;
2. conectivos;
3. condição;
4. causalidade;
5. complementação;
6. restrição ou delimitação;
7. mediação;
8. paralelismo.



4) Análise do texto proposto pela oficina da Unidade 20 (anúncio do residencial com serviços), seguindo o roteiro também proposto na oficina.
5) Análise de figuras retiradas de revistas, que serviriam de mote (alvo) do anúncio. Escrita do anúncio utilizando a figura escolhida pelo cursista (Emprego da linguagem verbal e não-verbal). Apresentação do trabalho produzido pelo grupo.
6) Orientações sobre o PROJETO FINAL. Discussão sobre possíveis temas, metodologia, justificativa, objetivos e outras partes do projeto pedagógico.
7) Avaliação da oficina.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:
Nosso encontro foi muito produtivo. Percebemos que precisamos estudar mais sobre os assuntos propostos, coesão e coerência, pois apesar de não serem especificamente novos, a abordagem atual que se faz sobre esses assuntos, para muitos de nós, ainda é incipiente, pois se analisam aspectos aos quais, antes, não dávamos tanta relevância. Trabalhar leitura e produção de textos, observando tais fatores, tanto de coesão quanto de coerência, torna nosso trabalho e nossos textos mais significativos, porém não achamos tão simples de realizá-lo.
Seria muito bom se tivéssemos mais tempo para explorar, em sala de aula, todos os aspectos linguísticos abordados nestas últimas unidades. Percebemos também que falta apoio estrutural para aplicação de tais atividades. No caso específico de nossa realidade, por vezes, temos dificuldades inclusive de tirar cópias dos textos que pretendemos trabalhar com nossos alunos.
A falta de apoio e incentivo ao professor cursista também é outro ponto negativo. Entre várias dificuldades, por exemplo, podemos citar que o curso indica várias referências bibliográficas e muitas vezes o professor não tem acesso a essas fontes. Temos trabalhado com empréstimos de livros, troca de apostilas, xérox, mas o ideal seria que cada professor tivesse condições de adquirir o seu livro.
Aproveitando o assunto estudado nas duas últimas oficinas, parece-nos incoerente se falar em melhoria de educação, se não se melhoram efetivamente as condições de se fazer uma educação de qualidade.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Oficina 6: Estilística e Coerência textual

7º ENCONTRO: 21/08/09 – OFICINA 6: TP5 – UNIDADES 17 e 18

1) Apresentação dos slides com resumo dos assuntos tratados nas unidades 17 e 18:
ESTILÍSTICA:
• Noção de estilo.
• Objetivo da Estilística.
• A estilística do som e da palavra: aliteração, assonância, ritmo, rima, métrica, onomatopéia, metáfora, metonímia, estrangeirismo, arcaísmos, regionalismos, gíria.
• A estilística da frase e da enunciação: frase e discurso direto, indireto e indireto livre.
COERÊNCIA TEXTUAL:
• Continuidade de sentidos.
• A construção de coerência textual.
• As partes do todo.
• Tipos de coerência(Van Dijk e Kintsch,1983): semântica, sintática, estilística e pragmática.
• Fatores de coerência: Elementos lingüísticos, conhecimento de mundo, conhecimento partilhado, inferência, contextualização, situacionalidade, informatividade, focalização, intertextualidade, intencionalidade e aceitabilidade, consistência e relevância.
2) Partilha das experiências das atividades da seção Avançando na Prática.
3) Socialização de textos: Leitura e análise de textos variados sobre os temas abordados nas unidades:
• “Minha inguinorância é pobrema meu!” (Luís Fernando Veríssimo)
• “Gente!!!!!” (E-mail da jovem Carol por ocasião do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 – EUA)
• “Correção ortográfica” (Autoria desconhecida)
• “Nóis mudemos” (Fidêncio Bogo)
• “Da difícil arte de redigir um telegrama” (Jô Soares)
4) Remontagem de um texto redigido por outro autor com coerência.
• Texto: “A corrida para clonar seres humanos” (Robin Marantz Hening)
(O texto foi recortado em tiras pelos parágrafos e os cursistas, a partir da leitura das tiras, tinham que montar o texto, formando um todo coerente).
5) Análise da construção da coerência do texto publicitário sobre FURNAS:
• Articulação entre informações do texto e experiências prévias.
• Relação dos sentidos construídos pela linguagem verbal e não verbal.
• Efeitos de sentido e a unidade textual.
6) Socialização de questões de prova do SAERJ – Sistema de avaliação do Estado do Rio de Janeiro – de acordo com os descritores do SAEB.
7) Avaliação da oficina.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:
O encontro do dia 21/08 foi muito bom e produtivo. Primeiramente porque estávamos muito tempo sem nos reunir, pois esse surto de gripe desconectou nossa agenda, e também porque mesmo sem oficina, não deixamos de nos comunicar via e-mail e não deixamos de produzir nem de estudar. Só as atividades do Avançando na Prática é que ficaram para ser aplicadas agora nesta semana, pois os alunos também estavam sem aula.
Conversamos muito sobre Estilística e Coerência, pois esses assuntos foram objeto de nosso estudo nestas unidades do TP5. Enriquecemos nossa reflexão com a leitura dos textos citados na pauta e o que conseguimos de material de outras referências bibliográficas, também estamos trocando, pois assim pensamos que enriquecemos nosso conhecimento sobre os temas abordados pelo programa. Vale a pena ressaltar que estamos nos dando a oportunidade de não somente melhorar nossas aulas, mas estudar assuntos novos e aprofundar nosso conhecimento, pois muitos de nós já concluíram a graduação ou especialização há algum tempo e é sempre bom e necessário procurar conhecer mais e melhor as nuances de nossa área de atuação.
Esse curso também tem aproximado muito o grupo e percebemos um carinho mútuo entre os participantes. Sentimos falta uns dos outros e saudade dos encontros. A jornada é cansativa, mas muito prazerosa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nossos cursistas...


Aí está a Márcia Cristina Coelho, professora do 6º ano do CEPM Profª Vera Lúcia P. Coelho. Em sua apresentação, ela destacou "a palavra CORAÇÃO e recomenda que vejamos a AUTO-ESTIMA. Que matéria melhor uma escola poderia ensinar?"


Este é o Jomar Coimbra Cardoso, professor que mora em Saquarema e leciona no CEPM Profª Vera Lúcia P. Coelho, em Silva Jardim, em turmas do 6º ano. Citando Lya Luft em seu trabalho, "Palavras se desgastam feito pedras roladas em fundo de rio. No silêncio escutamos nossos próprios desejos e carências, e os dos outros". É muito bom gestar com Jomar, como ele mesmo diz, "ele é um bom menino!".



Esta é Irlany Florenzano do Couto Ribeiro, professora do CEPM Profª Vera Lúcia P. Coelho e do C. E. Sérvulo Mello. Para ela, "uma relação de confiança envolve transparência, conhecer e entender você...Mas pode ir além...Afinal, quem nunca sonhou em voar para longe?"





Esta é Aldana Carvalho Pires, professora do 6º e 7º ano da E.E.M. Imbaú, expondo seu trabalho na dinâmica de apresentação. Para ela, "A vida, assim, jamais cansa. Viver tão só de momentos. A felicidade está em acreditar que cada dia pode ser diferente do outro..."















segunda-feira, 20 de julho de 2009

Oficina 5: Mergulho no texto e produção textual

6º ENCONTRO: 17/07/09 – OFICINA 5 – TP4 – UNIDADES 15 E 16.

1) Discussão sobre o conteúdo tratado nas Unidades 15 e 16.
Mergulho no texto.
Por que e pra que perguntar.
Como chegar à estrutura do texto?
Quando queremos aprender.
A produção textual crenças, teorias e fazeres.
Escrita, crenças e teorias.
O ensino da escrita como prática comunicativa.
A escrita e seu desenvolvimento comunicativo.

2) Leitura e atividades propostas a partir do texto referência: Por que meu aluno não lê?

3) Socialização das experiências vividas com a aplicação das atividades propostas na seção Avançando na Prática.

4) Análise dos descritores que norteiam as questões da Prova Brasil e algumas questões do último exame.

5) Montagem de um painel com cartões contendo palavras chaves sobre o filme Narradores de Javé.

6) Avaliação da oficina.

7) Lição de casa: Ler e preparar atividades do TP5, Unidades 17 e 18.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

Esse encontro foi muito produtivo, pois nesta etapa pudemos socializar nossas maiores angústias, principalmente sobre o fato de nossos alunos não lerem. Discutimos bastante sobre a importância da leitura e da escrita na vida de qualquer pessoa e ponderamos o fato de que precisamos intensificar o processo de letramento de muitos de nossos alunos. Outro aspecto que nos chamou muita atenção foi o abordado pela escritora Lygia Bojunga Nunes a respeito de seus textos escritos durante seu processo de escolarização e as intervenções feitas pela professora em suas produções. Muitos de nós fazemos as mesmas intervenções feitas por aquela professora e algumas achamos que ainda sejam necessárias.
Apresentamos, uns para os outros, amostras de escrita de alguns de nossos alunos e fizemos uma análise conjunta do registro de escrita de alguns deles. Pudemos observar que as dificuldades apresentadas por nossos alunos são muito parecidas e que devemos trabalhar bastante com propostas de atividades escritas como práticas comunicativas sempre contextualizadas.
Nesta oficina também tivemos a oportunidade de analisar a Matriz de Referência de Língua Portuguesa nos seus tópicos e descritores de 4ª série/5º ano e 8ª série/ 9º ano do Ensino Fundamental e algumas questões que caíram no último exame da Prova Brasil. Fiquei de conseguir junto ao NAE (Núcleo de Apoio ao Ensino) uma cópia dessas questões ou mesmo o Caderno do MEC contendo as Matrizes de referência, temas, tópicos e descritores. Segundo informações recebidas no próprio NAE, cada escola havia recebido tais cadernos, mas os professores ainda não tinham tido a oportunidade de analisá-los.
A nossa análise do filme foi maravilhosa, pois fomos montando um painel a partir das impressões que o filme nos deixou à luz das palavras chaves apresentadas. Foi interessante perceber como um mesmo filme desperta impressões diferentes nas pessoas e a montagem desse painel muito acrescentou na nossa análise individual, porque a partir dos cartõezinhos íamos falando sobre a leitura que fizemos do enredo do filme.

EXPOSIÇÃO OUVIR INTERAÇÃO INJUNÇÃO DESFECHO
TEXTO CIENTÍFICO ESCRITA CLÍMAX CONFLITO ARGUMENTO
ALFABETIZAÇÃO FALAR CRENÇAS LINGUAGEM ESCRIVÃO
DESENVOLVIMENTO NARRAÇÃO DEBATE CANAL PREDIÇÃO
DIVERSIDADE MEMÓRIA CÓDIGO TRADUTOR CONTEXTO
VISÃO DE MUNDO REFERENTE FATO DESCRIÇÃO EXPERIÊNCIA
VOCABULÁRIO OPINIÃO LÍNGUA EMISSOR LETRAMENTO
COMUNICAÇÃO DEVERES HUMOR MENSAGEM CIDADANIA
CRESCIMENTO EMISSOR RECEPTOR CULTURA INFERÊNCIA
INCULTURAÇÃO TEMPO AMBIENTE DIREITOS OPORTUNIDADE
LEITURA VEZ E VOZ

domingo, 12 de julho de 2009

Oficina 4: Leitura, escrita e cultura

5º ENCONTRO: 03/07/09 – OFICINA 4 – TP4 – UNIDADES 13 E 14.

1) Sistematização e reflexões sobre letramento e o processo de leitura.

2) Leitura e resolução das questões do texto apresentado na seção Ampliando nossas referências.
Definição de letramento.
Construção de significados e sentidos na leitura.
Como ensinar e aprender a ler e produzir textos.
Relação entre letramento x alfabetização x escolarização.
A importância desses conceitos de letramento e alfabetização para o ensino de leitura e escrita de 5ª a 8ª série.
Mudanças necessárias na prática de sala de aula de Língua Portuguesa.

3) Socialização das experiências vivenciadas a partir das atividades aplicadas da seção Avançando na Prática.

4) Interpretação de texto e formulação de perguntas de interpretação para turmas de 3º e 4º ciclos.
Cidadezinha qualquer – Carlos Drummond de Andrade.

5) Dinâmicas de produção textual:
Descrição de objetos, pessoas, cenas (sorteadas em cartões com nomes ou gravuras) usando linguagem verbal oral e/ou linguagem não verbal (gestos, mímicas, desenhos).
Narração de história (produção escrita) a partir de figuras que deverão entrar no contexto narrado.
CAMINHO = vida
CHAVE = metas
VASO = família
LEÃO = problemas
CACHOEIRA = sexualidade
ANÃO = amizade
MURO = morte

6) Leitura e análise dos textos motivadores:
Não deixe de ler.(Mensagem recebida pela internet, de autor desconhecido, mas que viabiliza reflexão sobre a nossa capacidade de leitura que vai além da pura decodificação de letra a letra).
Artigo de Luis Carlos de Meneses publicado pela Revista Nova Escola (Abril 2009 –p.90):
A língua em todas as disciplinas.

7) Sessão de filme: NARRADORES DE JAVÉ.

8) Lição de casa: Ler e preparar atividades do TP4 – Unidades 15 e 16




AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

Este encontro foi muito interessante, pois nos divertimos muito com as dinâmicas sobre descrição e narração. Na primeira, distribuí revistas para os cursistas e pedi que cada um escolhesse imagens sugestivas que viabilizassem a produção de uma descrição. Depois de selecionadas, espalhamos as mesmas pela mesa e pedi que eles escolhessem uma das sugeridas pelo grupo para que pudessem descrever oralmente (poderia ser também por escrito) a fim de que os colegas pudessem, através da descrição, indicar que imagem estava sendo descrita. Também trabalhamos com palavras chaves que os cursistas escreveram em cartõezinho e a partir do sorteio desses cartões cada cursista tinha que descrever, através de mímicas ou outros recursos não verbais, a palavra indicada e os colegas deveriam identificar o que estava sendo descrito.
A outra dinâmica já foi através de produção textual de uma narração a partir de palavras MOTES que eu ia falando e dando tempo para que cada um inserisse em seu texto, buscando construir a coerência narrativa. Depois de concluídos os textos, incentivei para que todos lessem a sua produção para os colegas e seguimos com uma análise dos elementos apresentados. Os textos ficaram maravilhosos e nos divertimos bastante também.
Uma das cursistas já havia aplicado a atividade com o texto Cidadezinha Qualquer, de C.D. de Andrade e trocamos idéias sobre outras questões que poderíamos trabalhar com nossos alunos a partir desse poema. Numa série mais adiantada, vimos que é possível relacionar e trabalhar com esse texto mantendo contato com os outros textos apresentados nesse TP e que abordam o mesmo assunto com enfoques discursivos distintos. São eles:
· Cidadezinha qualquer. (pág. 97)
· Nossas cidades. (pág.76-77)
· A cidade (pág. 94)
· Admirável mundo louco (pág.118)
· A expansão da pobreza nas cidades (pág.136-137)
· Camping (pág.132-211)
Quando lemos os textos motivadores, tanto o da Internet quanto o artigo da Revista Nova Escola, pudemos analisar uma série de fatores como por exemplo: o processo de leitura, como ele acontece sem nos darmos conta do mecanismo em si e ainda sobre esta relação que existe, embora muitos ainda não se dêem conta disso, entre o trabalho do professor de língua portuguesa e o dos professores das outras disciplinas e percebemos que, se o trabalho for feito em conjunto, todos somando esforços para desenvolver o letramento de nossos alunos e até o nosso próprio letramento e não somente com o intuito de ensinar conteúdos estanques, a nossa educação, com certeza, melhorará.
Por fim, fizemos uma sessão cinema com direito à pipoca e assistimos ao vídeo Narradores de Javé.
Assim como eu, eles amaram o filme, especialmente porque há muitos pontos de contato com a nossa realidade aqui de Silva Jardim.
Disponibilizei o filme para o cursista que não pôde estar presente nesta oficina, a fim de que ele pudesse assistir em casa e participar melhor da discussão sobre o filme que faremos na próxima oficina.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Oficina 3: Tipos textuais

4º ENCONTRO: 19/06/09 – OFICINA 3 – TP3 – UNIDADES 11 E 12.

1) Debate sobre o desenvolvimento dos assuntos e das atividades propostas nas unidades estudadas.

2) Apresentação dos slides com o resumo da parte teórica abordada nas unidades seguida de discussão sobre os assuntos e atividades propostas.
Unidade 11: Tipos textuais.
Unidade 12: A inter-relação entre gêneros e tipos textuais.

3) Análise das sequências tipológicas em textos.
Atividade 5 da Unidade 11: Texto – Fuga (Vidas Secas de Graciliano Ramos)
Atividade 4 da Unidade 12: Texto de Luís Fernando Veríssimo.

4) Análise do texto Composição: O salário mínimo (Jô Soares)

5) Avaliação da oficina.

6) Reflexões para a próxima oficina:
O que é LETRAMENTO?
Como você acha que leitura, escrita e letramento se relacionam?

7) Lição de casa: Ler e preparar atividades do TP4 – Unidades 13 e 14.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

Hoje conversamos bastante sobre seqüências tipológicas e gêneros textuais. Foi engraçado constatar o nosso equívoco ao trabalharmos com textos narrativos, descritivos e dissertativos e limitar nosso trabalho na interpretação muitas vezes através de questões oferecidas pelos livros didáticos e não aprofundarmos a questão dos gêneros e das sequências tipológicas num só texto. Também discutimos sobre as propostas de produção textual, pois elas são apresentadas a nossos alunos de maneira muito estanque, como por exemplo, pedir que o aluno faça como exercício de redação um texto descritivo, ou um texto narrativo, ou ainda um texto dissertativo, como se fosse possível escrever um texto exclusivamente descritivo, narrativo ou dissertativo.
Socializamos também ideias sobre Narração, Descrição e Dissertação apresentadas pelos autores Platão e Fiorin, em sua obra Para entender o texto, unidade 3 – Tipos textuais – páginas 289 a 307 e analisamos as várias propostas de redação apresentadas por esses autores.
Os cursistas e eu comentamos sobre as atividades da seção Avançando na Prática que estamos aplicando com nossos alunos e o retorno que estamos tendo em relação a essas propostas.
Nossas discussões têm sido muito enriquecedoras e nossas oficinas têm sido muito produtivas. Temos amadurecido bastante essas ideias trazidas pelo Gestar e com certeza elas já estão surtindo efeito em nossa prática, porque as habilidades e competências que estamos pretendendo desenvolver em nossos alunos têm sido experimentadas por nós mesmos com nossa leitura, análise e produção textual constante, seja oral ou escrita, para cumprirmos as tarefas do curso, sempre com intencionalidade sociocomunicativa.
A análise do texto de Jô Soares sobre o salário mínimo foi interessantíssima e hilária. Amamos fazê-la.

domingo, 5 de julho de 2009

Oficina 2: Trabalhando com gêneros textuais


3º ENCONTRO: 05/06/09 – OFICINA 2 – TP3 – UNIDADES 9 E 10.

Obs. Como havia falado, devido à falta dos cursistas, repeti as atividades previstas para a oficina anterior, pois só havia desenvolvido as mesmas com a cursista Aldana.

1) Retorno ao vídeo “O Saber e o Sabor” assistido no Laboratório de Informática.
· Análise do conteúdo à luz das anotações feitas pelos cursistas.

2) Leitura e partilha dos textos JARDIM e JARDINS, ambos de Rubem Alves.

3) Socialização da leitura e impressões das unidades 9 e 10 – Gêneros textuais.
· Apresentação de slides com o resumo das questões teóricas abordadas nas unidades.
· Unidade 9: Gêneros textuais.
· Unidade 10: Trabalhando com gêneros textuais.
· Debate sobre essas questões a partir dos resumos vistos nos slides.

4) Relato de experiências com base nas atividades do Avançando na Prática.

5) Proposta de atividades:
Texto 1: Poema tirado de uma notícia de jornal (Manuel Bandeira)
Texto 2: Bom dia (Gilberto Gil e Nana Caymmi)

6) Avaliação da oficina.

7) Reflexão para a próxima oficina: O QUE SERIA LEITURA ATIVA?

8) Lição de casa: Ler e preparar atividades do TP3 – Unidades 11 e 12.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:


Como eu não havia aplicado todas as atividades planejadas para a 1ª oficina, tive que fazer novamente uma adaptação. Retornamos ao vídeo, fizemos uma reflexão bem mais detalhada, o que gerou muito ânimo no grupo, pois eles pontuaram os aspectos positivos e negativos das declarações feitas no vídeo. A cursista Márcia é muito crítica e observadora e achei suas colocações muito interessantes. Alguns aspectos abordados na hora do debate foram:
· Os professores que desafiam seus alunos são lembrados para sempre pelos mesmos.
· Há professores que fazem o aluno querer ser professor, pois educa pelo exemplo.
· Reflexão sobre a metáfora usada por Rubem Alves para falar sobre a MEMÓRIA = escorredor de macarrão. Macarrão = o que aprendemos que é útil e dá prazer. ÁGUA QUE ESCORRE = inutilidades que aprendemos.
· Segundo Madalena Freire, “aprender não é natural nem espontâneo...O conteúdo é acidental, o essencial é ser capaz de compreender a situação a ser vivida”.
· O que se espera de um professor que não saiba é que ele queira saber.
· A escola do futuro, como pontuou o Professor Ubiratan, requer “um professor do futuro, aquele ser curioso, que quer saber o que está acontecendo, que busca experimentar o que ainda não conhece, tem espírito crítico e não o conteúdo em si, o conhecimento acumulado...”
· Segundo Mª Amélia Pereira, a escola deve dar espaço para a alegria.
· Saber e sabor têm a mesma raiz etimológica. Saber existe na cabeça, é ter conhecimento da técnica, é saber como funciona. Sabor acontece na boca, na língua, tem a ver com sábio = eu degusto. Saber é técn ica, sabor é gosto, é prazer.
· A escola ensina a teoria, o saber, mas o sabor, o prazer, muitas vezes não tem espaço na escola, o que é uma pena.
· Ser professor é ...gestar...Devemos aprender a estudar e devemos ajudar a acender a fogueira da busca do próprio saber.
· Ser professor não é ser reprodutor de conteúdo congelado nos livros. Esse tipo de professor fica falando sozinho e os alunos não estão nem aí. O bom professor interage com os alunos.
· Fernando Pessoa dizia... “Sinto uma ereção na alma...” O aluno precisa querer transar com o saber.
· Quanto ao futuro...como preparar as crianças de hoje para o amanhã? Como? Quem vai construir o futuro são nossas crianças...Devemos ajudar as pessoas a pensarem sobre a vida. A necessidade faz as pessoas pensarem no que fazer. A inteligência só funciona diante dos desafios.
· Educar não é ensinar respostas...é ensinar a pensar.
Como moramos em Silva Jardim, levei dois textos, também do Rubem Alves que falam sobre a arte de se cultivar jardins, um intitulado como “Jardim” e outro como “Jardins”. A partir de seus textos, pudemos refletir sobre vários aspectos de nosso trabalho pedagógico, do curso Gestar, da proposta de trabalhar a língua portuguesa priorizando a leitura, análise textual e produção de gêneros variados, contemplando variadas seqüências tipológicas etc.
Como eu havia organizado uma apresentação de slides com o resumo do conteúdo teórico contemplado pelas unidades, realizamos a partilha sobre esses conteúdos com o auxílio desse material, mas sempre deixava que eles ressaltassem os pontos que acharam principais nas unidades. Notei nesta etapa que alguns não leram o material, mas os que realizaram as atividades sustentaram bem o debate e a partilha.
Quando entramos na etapa de partilhar as experiências vividas a partir das atividades aplicadas na turma, o Avançando na Prática, percebi que tenho que reforçar essa necessidade de aplicação, pois somente eu e Aldana tínhamos algo a partilhar. E assim foi feito, falamos de nossas experiências, facilidades e dificuldades nossas e de nossos alunos. Reforcei o pedido de que para o próximo encontro eles tragam o relatório solicitado pela Lição de Casa.
Quase no final do encontro, a professora Liane, aquela do 1º segmento, chegou para pegar o seu kit de material e marquei com ela e Luciana, outra professora, uma data para repor as atividades das oficinas já realizadas com os outros cursistas.

OBSERVAÇÃO: Essa reposição aconteceu no dia 12/06/2009, em minha residência, pois o NAE estava fechado devido ao recesso dado pela Prefeitura local após o feriado do dia 11/06.

Fiz apresentação do material e expliquei a dinâmica do curso a partir das informações do Guia Geral.
Como já havia emprestado a elas o vídeo “O Saber e o Sabor”, refletimos brevemente sobre seu conteúdo. Partilhamos idéias sobre os textos já trabalhados: “Gaiolas e asas”, “Jardim” e “Jardins” de Rubem Alves.
Analisamos a produção de alguns textos de alunos de minhas turmas da EJA, feitos a partir de algumas propostas do Avançando na Prática.

sábado, 4 de julho de 2009

Oficina 1: Gêneros Textuais

2º ENCONTRO: 22/05/09 – OFICINA 1 – TP3 – UNIDADES 9 E 10.

1) Retorno ao vídeo “O Saber e o Sabor” assistido no Laboratório de Informática.
· Análise do conteúdo à luz das anotações feitas pelos cursistas.

2) Socialização da leitura e impressões das unidades 9 e 10 – Gêneros textuais.
· Apresentação de slides com o resumo das questões teóricas abordadas nas unidades.
· Unidade 9: Gêneros textuais.
· Unidade 10: Trabalhando com gêneros textuais.
· Debate sobre essas questões a partir dos resumos vistos nos slides.

3) Relato de experiências com base nas atividades do Avançando na Prática.

4) Proposta de atividades:
Texto 1: Poema tirado de uma notícia de jornal (Manuel Bandeira)
Texto 2: Bom dia (Gilberto Gil e Nana Caymmi)

5) Avaliação da oficina.

6) Reflexão para a próxima oficina: O QUE SERIA LEITURA ATIVA?

7) Lição de casa: Ler e preparar atividades do TP3 – Unidades 11 e 12.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

(Neste dia aconteceu meu conflito maior, pois somente esteve presente uma cursista, conforme já relatei no último e-mail enviado para a tutora Viviane, mas mesmo assim desenvolvi com ela o que foi possível dentro do que havia planejado)

Assistimos ao vídeo “O saber e o sabor” pelo computador no Laboratório de Informática da escola onde estamos oferecendo o curso e debatemos sobre o seu conteúdo. Aldana, nome desta professora, está muito animada com o curso e suas reflexões sobre sua prática são interessantíssimas. Às vezes olho para ela e percebo seus olhos brilharem com o que está sendo vivido e refletido e a todo o momento ela frisa que está gostando muito dessa oportunidade, que para ela está sendo ímpar, pois quase sempre, o que se oferece em termos de capacitação de professores aqui em Silva Jardim é mais voltado para professores do 1º segmento e ela nunca teve a oportunidade de participar de um curso de formação continuada especificamente oferecido para o professor do 2º segmento dentro de sua área.
Conforme previsto pelo roteiro da Oficina 5, revimos os conceitos básicos expostos nas unidades 9 e 10, que nos fala sobre Gêneros Textuais e partilhei com ela algumas experiências do Avançando na Prática que eu já havia aplicado em minhas turmas da EJA.
Ela, infelizmente, não havia, ainda, aplicado nenhuma atividade do Avançando na Prática naquela ocasião. Fizemos juntas algumas atividades dessas Unidades, mas não apliquei a atividade de planejamento prevista na Oficina, pois queria dar oportunidade para que ela trocasse ideias com os outros três cursistas no próximo encontro que acontecerá dia 05/06, caso eles venham.

1º Encontro em Silva Jardim

1º ENCONTRO: 15/05/09 – APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA

1) FALA INICIAL DA ASSESSORA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO: Elizete Pires

2) TEXTO: Gaiolas e asas – Rubem Alves
Leitura partilhada.
Reflexão.

3) DINÂMICA: Apresentação dos presentes, com trabalho de recorte e colagem de forma bem criativa dos nomes dos cursistas, contextualizando com o conteúdo da leitura inicial.

4) APRESENTAÇÃO do programa através de slides no Datashow.

5) VÍDEO: O Saber e o Sabor.

6) LIÇÃO DE CASA: TP3 – Unidades 9 e 10.
· Ler e fazer as atividades.
· Aplicar atividade da seção Avançando na Prática e trazer relatório conforme a orientação da Lição de Casa.


AVALIAÇÃO DO 1º ENCONTRO:

O encontro foi muito produtivo, os cursistas se sentiram bem à vontade para partilharem sua dúvidas, angústias, problemas e experiências.
Neste dia, contamos com a presença de uma assessora da Secretaria de Educação, que deu abertura aos trabalhos, dando as boas vindas aos cursistas (Somente do Gestar de Português, pois o formador de Matemática daqui estava com alguns problemas a serem ainda resolvidos no âmbito administrativo). Durante a fala de Elizete, representante da Secretaria, ela deu as boas vindas aos cursistas e esclareceu-nos dúvidas sobre: disponibilidade de material (papel, xérox, ...) para desenvolvermos atividades do curso e aplicarmos nas nossas respectivas turmas e ainda nos explicou sobre a impossibilidade da Secretaria nos oferecer o lanche durante as oficinas.
Logo após, lemos e partilhamos ideias sobre o texto "Gaiolas e asas" de Rubem Alves. Foi um momento muito rico de reflexão e partilha de angústias. Abordamos os seguintes aspectos:
Escolas que são gaiolas x escolas que são asas.
Noção de prisão x noção de liberdade.
Quem são os alunos tigres? Quem são os alunos pássaros?
Opressão na escola = muralha de tijolos.
Angústias do professor na sua prática pedagógica.
Teoria utópica x prática desarticulada.
Cultura de morte x cultura de vida.
Escola gaiola = sofrimento, controle, dominação, submissão.
Escola asa = ousadia, liberdade, aprendizagem encorajada.
Necessidade urgente: educação que supra seus alunos de ferramentas e brinquedos.
Nesta ocasião também desenvolvi com eles uma dinâmica de apresentação, utilizando recortes de revistas a partir do próprio nome de cada cursista. Durante a dinâmica, os cursistas tiveram a oportunidade de trabalhar com bastante criatividade e autonomia e pude observar que eles relacionaram muito bem as idéias refletidas na atividade anterior com sua história de vida pessoal e profissional. Eles exploraram muito bem as linguagens verbal e não-verbal.
Também apresentamos em slides as informações sobre o Guia Geral. Inclusive usei o material disponibilizado por minha tutora Viviane Ramalho.

Quando os cursistas receberam o material, ficaram um pouco apavorados com a quantidade de livros, mas reforcei a ideia já apresentada de que se trata de um curso semi-presencial e que muitas leituras e estudo aconteceriam num horário estipulado por eles mesmos, dentro de sua realidade.
Entreguei também a eles um cronograma com as datas e horários das oficinas e atendimento ao Projeto. Esse atendimento acontecerá, por ora, no NAE (Núcleo de Atendimento ao Ensino) e, num segundo momento, nas escolas.
Não deu tempo, neste dia, de passar o vídeo “O saber e o sabor” para todos os cursistas, por esta razão deixei para iniciar o 2º encontro com o mesmo.
Nosso próximo encontro ficou agendado para o dia 22/05/2009.
Nossos cursistas são:
Aldana Carvalho Pires – Escola Estadual Municipalizada Imbaú.
Irlany Florenzano do Couto Ribeiro – C.E.P.M. Profª Vera Lúcia Pereira Coelho.
Liane Garcia da Silva Gomes – C.E.I. Adail Maria Tinoco. (Profª de 1º ao 5º ano de escolaridade, formada em Letras, sem atuação no 2º segmento)
Luciana da Conceição – E.E.M. Gaviões.
Jomar Coimbra Cardoso – C.E.P.M. Profª Vera Lúcia Pereira Coelho.
Márcia Cristina Coelho – C.E.P.M. Profª Vera Lúcia Pereira Coelho.

Obs. As cursistas Liane e Luciana só entraram a partir do 3º encontro, mas fizemos reposição dos assuntos abordados nos dois primeiros encontros no dia 12/06.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ampliando nossas referências

Questões sobre o texto de referência (TP3 - P.45-47)
GÊNEROS TEXTUAIS: DEFINIÇÃO E FUNCIONALIDADE (Luiz Antônio Marcuschi)

1. Por que gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa?
Porque os gêneros estão vinculados à vida cultural e social do indivíduo e se caracterizam como eventos maleáveis e dinâmicos, ou seja, variarão em função das diversas necessidades de comunicação dos indivíduos.
2. Por que os gêneros são caracterizados como práticas discursivas, ou práticas sociocomunicativas, e não como práticas linguísticas?
Porque é justamente na prática da comunicação, ou seja, no processo de interação com o próximo que os gêneros textuais surgem nas mais variadas formas linguísticas. Os gêneros não se caracterizam por aspectos formais, sejam eles estruturais ou linguísticos e sim por aspectos sociocomunicativos e funcionais.
3. A palavra "suporte" aparece várias vezes no texto para designar algo ligado ao texto e ao gênero. A partir do contexto, a que você acha que ela se refere? Dê alguns exemplos:
Suporte seria o ambiente em que os textos aparecem que ajuda a determinar seu gênero, como por exemplo, o veículo, o canal, o objeto concreto onde se apoia o texto: livro, revista, site na internet, etc.
4. A partir do que diz o texto, como você acha que surgem novos gêneros?
Os novos gêneros surgem a partir das inovações culturais do uso de novos meios de comunicação, mas não são completamente "novos", pois se apoiam em gêneros já conhecidos e praticados. O que ocorre, segundo Bakhtin, é a "transmutação dos gêneros e a assimilação de um gênero por outro gerando novos".
5. Por que desaparecem gêneros antigos?
Porque deixam de ser praticados, perdem a relevância cultural quando novas tecnologias surgem e oferecem novas opções de suporte e processo de construção/produção textual.
6. Como se comportam os novos gêneros em relação às fronteiras entre a oralidade e escrita?
Os novos gêneros tendem a desfazer as fronteiras entre oralidade e escrita, criando certo hibridismo, integrando signos de várias naturezas.
7. Que aspectos podem servir de critério para a classificação de um gênero?
Aspectos formais (linguísticos e estilísticos) ou funcionais (culturais), o próprio suporte ou ambiente ou ainda seu objetivo.

Resenha


O DIÁLOGO ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM
(Telma Weisz – com Ana Sanchez)

Este livro trata de alguns aspectos essenciais para a educação: a compreensão do processo de ensino e do processo de aprendizagem sob a ótica construtivista.
O perfil profissional do professor constrói-se com base no seu desempenho em sala de aula e atualmente todos são chamados a desenvolver sua prática a partir de um projeto educativo da escola que oportunize a produção, sistematização e socialização de conhecimentos pedagógicos e ainda a participação em discussões da comunidade educacional.
Telma Weisz inicia seu livro descrevendo como foi o seu batismo de fogo no magistério. Ela nos relata sobre sua formação inicial, que julga ter sido deficitária, e sobre o início de sua carreira, ainda como estagiária, atendendo a uma convocação geral do governador do estado do Rio da época para complementar a alfabetização de alunos de 11 a 12 anos, da rede pública, que haviam passado para a 2ª série, mas ainda não sabiam ler nem escrever e apresentavam distorção idade x série.
Com essa experiência ela chegou à conclusão de que havia um abismo entre a sua formação inicial e sua atuação pedagógica em sala de aula e outro abismo ainda maior entre o desempenho daqueles meninos na escola e o que a vida lá fora exigia deles. Isso reforçava a ideia de que o fracasso escolar daqueles meninos perpetuava a relação de dominação que há na sociedade capitalista. Os que fracassam são sempre dominados porque não têm condições de se desenvolver, de evoluir na sociedade e a falta de letramento não permite que esses indivíduos atuem no seu cotidiano como cidadãos críticos e participativos.
A experiência de Telma Weisz como professora iniciante tem muitos pontos de contato com nossa própria experiência pedagógica, principalmente como professores de língua portuguesa, porque, na verdade, a cegueira que ela admitiu ter naquela época é a cegueira de todos nós, que muitas vezes fazemos um trabalho mecânico, sem compreender a causa e a finalidade de nossa prática. Cumprimos um protocolo, sem ao menos entender o processo de nossas ações. O que deveria ser uma prática pensante e reflexiva passa a ser um elenco de ações vazias de significado e que, por isso, surtem pouco ou nenhum efeito em nossos alunos.
Hoje o que se espera de um professor de qualquer nível ou área é que ele seja um ator protagonista da educação, que reflete enquanto age, pode e deve tomar decisões, mudar rapidamente o rumo de sua ação, interpretar as respostas que seus alunos dão e autocorrigir-se, ou seja, que ele seja o autêntico sujeito de sua ação profissional e sua maior meta é conseguir que todos os seus alunos tenham sucesso escolar. Esse sucesso tão desejado não se obtém sem que esses mesmos alunos saibam ler e escrever efetivamente, habilidades que constituem a base de toda e qualquer aprendizagem escolar.
A autora nos faz ter um novo olhar sobre a aprendizagem. Quando se tem um ponto de vista adultocêntrico, isso gera um tipo de procedimento pedagógico que dificulta o processo de aprendizagem das crianças. Como exemplo dessa perspectiva, ela cita as antigas cartilhas de alfabetização, cuja metodologia contribuía para o fracasso na escola, pois desconsiderava o fato de que há uma lógica no pensamento da criança quando está sendo alfabetizada e que ela constrói hipóteses sobre a escrita, como comprovou Emília Ferreiro em sua pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita. Outro fator a se considerar é o erro, que aos olhos dos adultos seria sinônimo de fracasso e segundo a ótica construtivista seria apenas mais uma etapa do processo de construção do saber.
É possível, segundo Weisz, enxergar o que o aluno já sabe a partir do que ele produz e pensar no que fazer para que ele aprenda mais. Devemos, pois, considerar o processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz e a função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua ação de aprender.
Para ensinar bem é preciso considerar o conhecimento prévio do aprendiz e as contradições que ele enfrenta no processo, porque uma aprendizagem de fato só acontece quando o aprendiz se vê diante de problemas e desafios, ou seja, conflitos cognitivos a serem resolvidos, pois só dessa maneira nasce a necessidade de superação. O conhecimento novo aparece, então, como resultado de um processo de ampliação, diversificação e aprofundamento do conhecimento anterior que ele já detém.
Nesse processo, o registro do professor é de suma importância, pois o mesmo subsidiará as intervenções subsequentes. Aliás, esse registro acompanhará todo o processo de avaliação da aprendizagem dos alunos, seja no início, para mapear o conhecimento prévio dos alunos, seja durante todo processo, para se fazer a chamada avaliação de percurso ou formativa. Embora seja ainda muito forte, em nosso país, a tradição de avaliação centrada exclusivamente no propósito de quantificar a aprendizagem através de notas e conceitos, todo professor deve pensar sobre o que fazer com os alunos que chegam ao final do período sem aprender o que a escola pretendia ensinar.
Desde que as concepções escolanovistas chegaram ao Brasil, a partir de 1920, com os ideais dos pensadores educacionais Dewey, Claparède, Decroly, Montessori e Freinet, o indivíduo passou a ser valorizado como ser livre, ativo e social e se propagou um modelo de ensino que ficou conhecido como aprendizagem por descoberta. A utilização distorcida dessas idéias acabou por incentivar uma onda de práticas pedagógicas espontaneístas.
Começa, então, com Piaget, a construção de um novo olhar sobre a aprendizagem, com a sua teoria do conhecimento, que tenta explicar como se avança de um conhecimento menos elaborado para um conhecimento mais elaborado. O modelo de ensino atualmente relacionado ao construtivismo chama-se aprendizagem pela resolução de problemas e pressupõe uma intervenção pedagógica de natureza própria. Em relação a nossos alunos, urge a necessidade de aprender a aprender e, para se conquistar essa aprendizagem, é preciso ser um leitor e um escritor competente. Segundo a autora, é hora de começar a pensar, com maior profundidade, como agir para democratizar, de fato, o acesso à informação e às possibilidades de construção do conhecimento.
A prática de qualquer professor é sustentada por idéias, concepções e teorias, mesmo quando ele não tem consciência disso, desenvolve Weisz em um de seus capítulos. Há professores que sustentam sua prática segundo o modelo empirista e outros que preferem o modelo construtivista. Num modelo empirista, a informação é introjetada ou não. Num modelo construtivista, o aprendiz tem de transformar a informação para poder assimilá-la.
Considerando que o processo de aprendizagem não corresponde necessariamente ao processo de ensino, como tantos imaginam, é este que tem que se adaptar àquele, ou melhor, o processo de ensino deve dialogar com o de aprendizagem. Quanto ao conteúdo trabalhado, este deve manter suas características de objeto sociocultural, desse modo, cabe à escola garantir a aproximação máxima entre o uso social do conhecimento e a forma de tratá-lo didaticamente. Esse tratamento didático que se deve fazer em relação ao conhecimento depende necessariamente de uma boa formação do professor.
A profissão de professor pressupõe uma prática de reflexão e atualização constante, pois seu papel agora tende a ser mais exigente: precisa se tornar capaz de criar ou adaptar situações de aprendizagem adequadas a seus alunos e isso exige que o professor elabore e re-elabore permanentemente sua prática pedagógica. Enfim, Telma Weisz defende a ideia de que para ser prático e eficiente, o professor precisa de formação teórica permanente e consistente, feita de tal modo que institua e alimente relações de autonomia tanto entre educadores quanto entre eles e as teorias estudadas; que inclua a criação de estratégias, a experimentação, a análise compartilhada, a partir da interpretação que faz da teoria e da realidade em que está inserido. Um processo cooperativo, em que uns dão suporte às ideias dos outros, enfrentando juntos as incertezas, ganhando segurança pelo apoio e reconhecimento dos colegas, sendo ajudados nas falhas e supridos nas inconsistências, aprendendo a receber e fazer críticas de modo construtivo, a enfrentar as próprias limitações...tal qual estão nos oportunizando fazer com esse curso de formação continuada Gestar II de Língua Portuguesa.

Resenha feita por: Mônica Ribeiro da Silva Fogaça (Formadora do Gestar II – Língua Portuguesa – Silva Jardim – RJ - 2009).

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Memorial

MINHA VIDA...MINHA HISTÓRIA

Mônica Ribeiro da Silva Fogaça

Nasci em Nova Friburgo, fui criada em Silva Jardim e cresci brincando na terra, jogando bola, empinando pipa, subindo nas árvores e imaginando mundos do faz-de-conta para que minhas brincadeiras se tornassem mais autênticas e emocionantes.
Filha de mãe professora e pai que de tudo sabia fazer um pouco, logo fui inserida no mundo das letras, pois minha casa vivia repleta de livros e de alunos para quem minha mãe Cecília dava aulas particulares. Minha mãe alfabetizou muitas crianças em casa, inclusive eu e minhas irmãs.
Não gostei muito de freqüentar o Jardim de Infância e minha experiência na 1ª série não foi tão boa assim, pois já sabia ler e escrever e era enfadonho ter que fazer todas aquelas liçõezinhas intermináveis da “Cartilha Pompom, meu gatinho”.
Quarta filha de um casal que teve seis meninas, vivia cercada de crianças mais velhas e mais novas e brincávamos muito de escolinha. E nessa escolinha do faz-de-conta, adivinha qual era meu ofício? Isso mesmo: PROFESSORA, com direito a livros, cadernos, quadro negro, giz, apagador e muitos aluninhos... Era muito bom brincar de ensinar e com isso fui aprendendo a gostar do magistério.
Estudei no Colégio Estadual Sérvulo Mello até a 4ª série e logo depois tive que fazer uma prova de admissão para estudar num colégio particular em Rio Bonito, cidade vizinha. No Colégio Cenecista Manuel Duarte, estudei de 5ª à 8ª série e logo após fiz o Curso Normal.
Depois de formada, com apenas 17 anos, ingressei na Faculdade de Pedagogia em Itaboraí, fiz um concurso público para a Prefeitura Municipal de Silva Jardim e fui dar aula no interior. Lembro-me de que a escola ficava muito longe de minha casa e eu tinha que pegar carona em um caminhão que transportava leite das fazendas e que me deixava na beira da BR101 e eu ainda tinha que andar 6 km para chegar à escolinha, que nessa época funcionava em uma casa de colono da fazenda de Maratuã, interior de Silva Jardim. A classe era multisseriada e a escolinha muito pobrezinha, tal qual a comunidade, mas essa pobreza material não ofuscava o brilho dos olhos de meus alunos e eu era A PROFESSORA. Quanto carinho, quanta experiência nova, mas também quanto temor de não estar fazendo tudo o que aquelas crianças mereciam, pois elas tinham sede de saber, elas queriam aprender a ler, escrever e fazer conta. Essa era a meta de meus alunos e eu estava ali para ajudá-los a realizar esse sonho.
Fiquei nessa escolinha menos de um ano, pois quando chegou o recesso de julho, fui transferida para trabalhar na Secretaria Municipal de Educação, pois eles estavam precisando de um auxiliar administrativo. Mas não abandonei a sala de aula, pois fiz outro concurso público estadual e voltei a dar aula em Maratuã, só que numa escolinha mais perto da BR101 e dava para ir e voltar de carona até a escola. Nessa escola estadual também dei aula para uma turma multisseriada, eu era professora e diretora daquela escolinha. E essa experiência fez com que me interessasse, naquela época, pela área de Administração Escolar. Dessa forma, escolhi, no Curso de Pedagogia, essa especialização.
Entrei num concurso de remoção e consegui ser transferida três anos depois para uma escola no centro da cidade, o Colégio Estadual Sérvulo Mello, onde dei aula para uma turma de 3ª série e depois fui desviada de função para dar aula de 5ª à 8ª série. Na época era muito comum acontecer esse desvio de função, mesmo sem formação específica. Dei aulas de várias disciplinas: História, Português, Matemática, Artes, Educação Física, mas o que mais me encantou foi a Língua Portuguesa. Cheguei a fazer os Estudos Adicionais em Ciências e Matemática, mas ao retornar à universidade, resolvi fazer Letras: Português e Inglês. E quanto ao Inglês, tive que começar do zero, pois não tinha formação nenhuma nessa área. Fiz meu segundo curso de graduação na Universidade Salgado de Oliveira, em São Gonçalo.
Nessa época, comecei a dar aula de Português e de Inglês na rede particular de ensino, no Centro de Ensino Professor de Souza Herdy, em Silva Jardim.
Fiz o Curso de Docência Superior em nível de Pós-Graduação na Universidade Cândido Mendes e através de um estágio de observação na Universidade Unigranrio, em Silva Jardim, fui contratada como Professora Assistente para dar aulas de Língua Portuguesa, Comunicação na Empresa e Literatura Infantil, nos Cursos de Direito, Administração, Informática, Pedagogia e Tecnológico de Meio Ambiente.
Tive a oportunidade de fazer parte de uma equipe técnica de apoio pedagógico na Secretaria Municipal de Educação, em Silva Jardim e fui formadora do PROFA, um curso de formação continuada ministrado para professores alfabetizadores.
Logo após, fiz outro Curso de Pós-Graduação na FERLAGOS, em Cabo Frio, na minha área de Letras: Português e Literatura.
Atualmente dou aulas de Língua Portuguesa, Literatura e Disciplinas Pedagógicas para o Curso Normal, no Colégio Estadual Sérvulo Mello e trabalho com Língua Portuguesa nas turmas da EJA, Fases VI,VII e VIII, no C.E.P.M. Profª Vera Lúcia Pereira Coelho. Também estou atuando como formadora do GESTAR II – Língua Portuguesa, em Silva Jardim e estudando Teologia, em Rio Bonito, no Instituto Estrela da Evangelização da Arquidiocese de Niterói.